
“Afastado do Criador, a criatura é solidão; nEle é solidariedade.
Apartada, é negação e abandono; nEle é comunhão e plenitude.
Distanciado da Fonte, o espírito mergulha no egoísmo; nEla mergulhado, vibra na caridade.
Longe do Pai, o nada; nEle, a força do todo, em tudo.
Desconectado da fé, o espírito vive a insegurança, o medo e a falta. Sustentado na fé, vive a amplidão e o en- cantamento das infinitas possibilidades.
Conectado a Deus, desaparecem o vazio, a falta e o desamparo.
No Pai tudo é síntese, força e sabedoria que conduz a espaços de inspiração, enlevo e ternura.
Abre, pois, teu coração, para o acesso ao essencial, re- conhecendo que o poder está em Deus. Sintonizado com Ele, deixa fluir a intuição sábia que conduzir-te-á ao cum- primento dos deveres com dedicação às soluções criati- vas e inesperadas que te serão inspiradas ao despertar da Fonte, que é vida em ti.
No entanto, lembra-te que Deus em ti é força renova- dora que se expressa por atos genuínos de amor e paz. A adoração ao Pai acima de todas as coisas transcende os cultos ritualísticos, a forma simbólica e estereotipada, configurando-se em uma comunhão plena de espontaneidade, de sentido e de significado, de espiritualidade e de fé.
NEle a fonte; em ti a realização.
NEle a sabedoria; em ti a execução.
NEle a ordenança; em ti a obediência. NEle a vontade; em ti a fidelidade.
Em Deus sois tudo; apartado dEle, nada.”
Dias da Cruz, psicografia de Andrei Moreira (Pílulas de confiança, Ame Editora)