É uma realidade conhecida na psicologia – e na vida – que, frequentemente, o abusado se torna um abusador, de si mesmo e dos outros, repetindo os atos que o vitimizaram e perpetuando o abuso. É uma compulsão à repetição.
Esta realidade muda quando aquele que viveu o trauma ressignifica a sua experiência, digerindo o que foi vivido, e transformando as feridas abertas em cicatrizes de aceitação, aprendizado , superação, autonomia e crescimento.
Para se construir destinos e comportamentos mais amplos e mais leves é essencial que o coração esteja reconciliado com a família e com o passado.
Toda ferida é passível de cura. Não permaneça vítima e nem seja algoz. Decida curar-se e busque recursos de autocura e autotransformação.
Quando juntamos os pedaços fragmentados e vulneráveis que há em nós, com respeito à nossa história, permitimos ao presente ser terreno fértil e livre com relações mais respeitosas e afetivas, para nós e para aqueles que virão depois.
