Na relação dos filhos com os pais são necessários dois movimentos. O primeiro deles é a honra, que se sustenta na gratidão, sem crítica, sem julgamentos, sem exigências e sem dó. Esta gratidão, alimentada pela aceitação, é cheia e produz força e sustento para a vida. Após ela o (a) filho (a) tem direito ao segundo movimento: a desobediência. Isto significa que, conectado(a) na gratidão e na honra ele(a) tem direito a seguir para sua vida, com autonomia e independência, fazendo suas escolhas de acordo com os sonhos de seu coração, independentemente da vontade de seus pais.
O grande problema e desafio para a maioria dos filhos é querer ter direito à desobediência sem honra, sustentados na rebeldia e na crítica aos pais. Assim vira uma desonra.
Este movimento interior leva para o menos e não para o mais. Muito frequentemente, leva à autocontenção, à culpa, à repetição de destinos dos pais ou de outros que vieram antes como forma de manifestação do amor.
Só há verdadeira liberdade e livre fluxo de vida na gratidão e na conexão honrada à força daqueles que vieram antes.