Além disso queria resolver o conflito da minha mãe com a minha avó e salvar também meu papai, que era "vítima" nas mãos da mamãe. E daí quando finalmente me casei, sentia-me culpada por não estar mais em casa com eles! E ainda queria dar um jeito na vida da minha irmã mais nova, porque eu não queria que ela sofresse! Quando o Andrei ensinou a diferença entre poder pessoal e falso lugar de importância foi uma "bofetada de realidade" na minha arrogância! Eu passei a minha vida inteira fora do meu lugar... me intrometendo onde não devia! A vigília precisa ser constante, quando fico tentada a assumir um lugar que não me pertence, rapidinho me puxo de volta! Eu estava perdida na vida, porque estava perdida também do meu lugar! Eu senti um alívio tão grande ao perceber que não devo, não preciso assumir uma "mochila" que não me pertence e assim, através do assentimento e do respeito ir devolvendo a cada um o que lhe pertence! Não preciso, não conseguirei jamais salvar e controlar o mundo! Eu agia igualmente no meu local de trabalho, no meu ambiente religioso, arrogando um lugar que não me pertencia e sofrendo, claro! Hoje consigo dizer sim à vida que recebi, como recebi, agradecer de coração pela oportunidade que meus pais me deram de nascer, consegui libertar minha mãezinha do meu julgamento, olhar para a força do meu pai e do masculino com mais respeito, porque na verdade eu os via como fracos! Levo meu irmãozinho querido no meu coração, e em honra a ele e a todos os que vieram antes e que me compõe em cada célula do meu corpo, desejo do fundo do meu coração fazer algo bom com a dádiva que recebi: a Vida! Todos os dias digo para mim mesma (meu "mantra" diário): "Sim para a vida e para o que foi da maneira que foi! Tudo e todos (inclusive eu mesma) estão fazendo o seu melhor, do jeito que dão conta, e está tudo certo! Eu não preciso salvar o mundo, porque o mundo não precisa da minha salvação! Eu só preciso ocupar o meu lugar! Eu posso fazer do meu jeitinho e continuar a pertencer às minhas raízes! E assim, tudo está ficando cada vez mais leve, e minha gratidão pela vida veio com força, estou confiando no meu marido, sei que ele dá conta, do jeito dele e assim pararam nossas brigas. E agora quando visito minha família, não sinto mais culpa por não estar lá ("Quando eu nasci, papai e mamãe já eram grandes, eles dão conta sem mim!"), consigo estabelecer limites para os outros e para mim mesma, me sinto verdadeiramente parte, e aquele sentimento de querer salvar, até de me anular para ser aceita e assim pertencer, desapareceram! Só gratidão e profundo respeito a você e aos que vieram antes de você, Andrei por sua generosidade e amor na partilha! Gratidão 🙏🏻por iluminar nosso caminho através do seu conhecimento! Muito obrigada! Só tenho a agradecer!🙏🏻💚 Vocês são maravilhosos!