Dante Marcello Claramonte Gallian“Mais do que um biólogo, mais do que um naturalista, o médico deveria ser, fundamentalmente, um humanista. Um sábio que, na formulação do seu diagnóstico, leva em conta não apenas os dados biológicos, mas também os ambientais, culturais, sociológicos, familiares, psicológicos e espirituais.”
A saúde, na definição científica da Organização Mundial da Saúde (OMS), é vista como um “estado de completo bem-estar físico, psí- quico e social e não meramente a ausência de doença ou enfermidade.” Essa definição, ainda que bastante ousada e vanguardista, formulada em 1946, representa o ideal perseguido, mas não alcançado até o momento. Isto porque, diante dos inúmeros desafios na vida, raros são aqueles que conseguem manter ou conquistar o equilíbrio em todas as áreas, quanto mais o completo bem-estar, como propõe a OMS.
Vive-se uma era de transição, em que a herança do materialismo, na visão mecânica do mundo, permite um aprofundamento no conhecimento das coisas, porém deixa a quase todos órfãos de sabedoria, de sentido e significados profundos, filosóficos, existenciais.
A prática de saúde atual, a despeito de todos os avanços científicos, apresenta-se fragmentada e focada na superespecialização e no tecnicismo. Além disso, muitas vezes falha em apresentar ou fornecer ao indivíduo recursos de autoconhecimento, instrução e autoamor que o capacite a sedimentar a busca pela saúde de forma eficaz e permanente.
A grande maioria dos doentes da humanidade desejam anestesia (paliação) e não cura, que implica na ampliação de consciência sobre si mesmo e a vida. Muito justo que se aliviem sintomas, evitando sofrimento desnecessário e improdutivo, mas o processo educacional que liberta o indivíduo da ignorância e da dependência é fundamental no processo de reconstrução da saúde ou na profilaxia das enfermidades do corpo e da alma.
A educação para a saúde deve centrar-se no desenvolvimento de conhecimento, capacitação, habilidades e autonomia na relação consigo mesmo e com o mundo. Nesse sentido é igualmente importante o estímulo às conquistas das potências da alma, tais como a fé, a intuição, a bondade, o perdão, a sabedoria, o conhecimento e o amor, dentre tantas outras.
Richard Carlson e Benjamin Shield“O papel do agente de cura não é curar. Em lugar disso, ele fortalece a pessoa, permitindo que ela conquiste a cura. Os agentes de cura são guias poderosos, mas passivos. Sua função é favorecer as capacidades autocurativas, a autopercepção, o amor-próprio e a autoexpressão do indivíduo. É proporcionar confiança, amor e presença para aquele que está sendo curado.”
É nisso que acredito e é assim que trabalho, integrando as abordagens e conhecimentos da medicina homeopática e da constelação familiar a conhecimentos psicológicos e humanistas, tendo a pessoa como foco da minha atenção e cuidado.
Mais do que médico ou constelador familiar sou um ser humano que se encanta com o potencial de cada ser e se alegra em cuidar de pessoas e acompanhá-las em seu processo de desenvolvimento pessoal, como facilitador de um caminho de cura do corpo e da alma.