Busque um local confortável e privativo, onde não seja interrompido(a). Respire profunda e suavemente, expirando no dobro do tempo da inspiração. E à medida que você inspira e expira, você relaxa. Suavemente. Protegidamente. E mergulha dentro de si mesmo, cada vez mais profundamente.
Neste estado, visualize uma cerca se formando ao seu redor, do material que desejar ou que lhe aparecer espontaneamente. Ela o envolve totalmente sem lhe apertar, confortavelmente, protegidamente. Visualize um portão nessa cerca, com fechadura apenas do lado de dentro. Isso significa que só você abre esse portão e só entra o que você permitir, só sai o que você autorizar.
Aí dentro você vivencia um espaço de individualidade, privacidade e proteção. Visualize aí, às suas costas, o seu pai e a sua mãe biológicos. Seu pai à sua direita e sua mãe à sua esquerda. Ambos colocam as mãos sobre os seus ombros e você pode sentir a força que provém deles e através deles, de todos os que fazem parte de sua família, de seu sistema.
Permaneça aí, sentindo essa força que te envolve e te preenche de confiança e de sustento para a luta.
Visualize uma luz azul clara descendo do alto e envolvendo todo o interior dessa cerca, a você e aos seus pais, do topo da cabeça à planta dos pés, te enchendo de paz, de tranquilidade e de segurança. Você respira essa luz profundamente e permite que ela se transmita a cada parte de seu corpo e de sua mente.
E assim, você reconhece que esse espaço é seu e somente seu, preenchido pela força que vem da sua fonte, seus pais, e do alto, do Pai. Você pode deixar que essa cerca lhe envolva durante todo o dia ou pode voltar aí quantas vezes desejar, para se resguardar e se alimentar de força e confiança.
Respirando profundamente você retorna ao aqui e ao agora, lentamente, no seu tempo, protegidamente.
Busque uma posição confortável e respire pausada e profundamente. À medida que você inspira e expira, você relaxa e vai se aprofundando para dentro de si mesmo, em busca de um recanto de paz e aconchego. E relaxa.
Nesse estado, veja-se diante de um espelho, olhe-se nos olhos. Busque olhar-se com ternura. Aí, diante de si, está a pessoa mais importante para sua vida, a única que não te abandonará nunca. Sorria para si mesmo. Sorria para suas lutas, dores, provas. Acolha em si o que ainda não está amado, resolvido, solucionado. O que ainda não está desenvolvido. Acolha suas limitações. O que ainda não pôde ser o será, amanhã, se essa for a vontade da vida.
Você pode visualizar tudo isso como marcas em si ou como partes de seu corpo. Olhe-o com amor.
Busque ver, sobretudo, aquilo que está excluído em seu coração. Aquilo para o qual você evita até mesmo olhar ou reconhecer. Aí está o mais importante, o que necessita ser acolhido e amado. Pode ser uma parte sua, uma característica, um sentimento ou uma pessoa. Veja que imagens ou sentimentos lhe veem à mente neste momento. E sorria para o que quer que veja.
Aquilo contra o qual você luta e rejeita ganha força. Ame a sua sombra, acolha a si mesmo.
E, então, tome o tempo que for necessário olhando para tudo isso e amando cada parte de si mesmo, cada característica de seu corpo, de sua alma, de sua vida. Quando for o suficiente, experimente abraçar-se gostosamente, acolhendo a pessoa comum e especial que é, pois que é única, expressão singular do amor de seus pais e do próprio Deus. Tome o tempo que for confortável para sentir o seu abraço.
Logo em seguida, olhando em seus olhos no espelho, veja o filho ou a filha de Deus que você é e lembre-se de que você não é suas limitações ou seus desafios. Você transcende este corpo, esta personalidade, estes momentos. Você é uma expressão singular do amor do Pai. Acolha em si este divino que és, vendo-se iluminar de dentro para fora, até estar completamente envolvido(a) nesta luz.
E assim, iluminado(a) e relaxado(a), respire profundamente voltando ao aqui e ao agora, no seu ritmo, no seu tempo.
Busque um local confortável e privativo, onde não seja interrompido(a). Respire profunda e suavemente, expirando no dobro do tempo da inspiração. E à medida que você inspira e expira, você relaxa. Suavemente… Protegidamente… E mergulha dentro de si mesmo.
Nesse estado, você pode se imaginar caminhando por um terreno árido e desértico. O sol forte incide sobre você, tornando a caminhada mais sacrificiosa e a sede se faz companheira. Você deseja beber de uma água límpida e pura que lhe sacie a sede e a necessidade íntima.
Você, então, vê um poço à certa distância. Acelera o passo, com esperança, e quando se aproxima de suas bordas, vê que ele está vazio e seco. Como saciarei a minha sede? – pensa você. A decepção e o cansaço são companheiros conhecidos de seu coração. E então, você observa o vazio, a escuridão do poço, o silêncio. E os acolhe, resignado(a). Eles também pertencem a você. E, então, você vê.
Lentamente, do fundo do poço brota uma água límpida que vai ganhando volume, no mesmo ritmo que a esperança e a alegria voltam ao seu coração. Pouco a pouco ela se avoluma e você pode se ver refletido(a) nela. Quanto mais você se alegra consigo mesmo, mais ela se aproxima. E à medida que se aproxima, ainda inalcançável, ela te permite admirar a si mesmo(a) com transparência e clareza, permitindo que sua beleza seja visível aos seus olhos e ao seu coração. E cresce, cada vez mais.
À medida que a água sobe e você vê a si mesmo, aquilo que era vazio se torna cheio, o que era ausência se torna presença, o que era falta se torna conteúdo. E você sorri, aliviado(a).
A água chega bem próximo à borda, com abundância e limpidez, e você pode sorvê-la com alegria, o quanto for necessário, bem como encher o seu cantil, previdentemente.
À sombra do poço você descansa e se abastece. O caminho árido continuará, enquanto for o tempo dele, mas você pode observar, daí onde enche a alma, que há flores no caminho, sombra para o descanso e que haverá sempre um poço, pois abaixo da aridez há um grande manancial da água da vida sempre acessível para você, onde estiver.
Então, você respira profundamente e retorna ao aqui e ao agora, seguramente… Protegidamente…
Busque um espaço de calma e serenidade em seu coração para além das emoções que transtornam. Talvez você possa asserenar-se por meio da oração sincera e simples, ou de uma meditação silenciosa em que cessa os pensamentos, a fim de poder preparar-se para acessar um espaço interno mais profundo e nutriente.
Quando sentir-se pronto, sem que as emoções de raiva ou de medo lhe dominem, respire lenta e pausadamente, deixando que a expiração se faça no dobro do tempo da inspiração. À medida que você inspira e expira, você relaxa. Seguramente… Protegidamente… Sua parte sábia lhe guia e cuida de tudo que está além de seu controle. Se entregue a ela.
Veja-se diante de alguém com quem sinta necessidade de reconciliar-se. Olhe nos olhos dessa pessoa e busque neles a sua humanidade. Veja-a com olhos de humanidade. Talvez você possa dizê-la, em seu coração: “Assim como eu sou humano, luz e sombra, você também o é. Eu acolho em você a minha fragilidade, a minha pequenez, a minha incoerência e a minha vulnerabilidade. Assim como eu me equivoco, você também tem direito à sua humanidade e à sua trajetória de erros e acertos”.
Então, você pode visualizar-se colocando as mãos no peito dessa pessoa, sobre o coração, como a conectar-se com o amor que a move. E olhando nos olhos dela, você pode ver e sentir para onde olha o amor dela por detrás das atitudes que te feriram. Talvez você possa ver, talvez não. Basta buscar e dar esse lugar de amor em seu coração.
Então, você pode dizer a ela: “Eu te liberto das minhas expectativas, das minhas queixas, das minhas exigências. Daqui para adiante, eu caminho livre, com muito respeito por você, pois você também segue comigo em meu coração, no lugar que te pertence.
Assim, você pode seguir até onde lhe seja possível, da forma como lhe seja possível neste instante.
Respirando fundo, você retorna lentamente, segura e protegidamente, ao aqui e ao agora, e abre os seus olhos, no seu tempo.
Busque um local confortável e privativo, onde não seja interrompido(a). Respire profunda e suavemente, expirando no dobro do tempo da inspiração. À medida que você inspira e expira, você relaxa. Suavemente… Protegidamente… E mergulha dentro de si mesmo.
Então você se vê em sua casa, diante de seu cônjuge. E o olha nos olhos. Talvez neste momento muitos sentimentos contraditórios venham à tona. Talvez você sinta vontade de sair, de não olhar, de fugir. Você pode fazê-lo, caso não dê conta. Você também pode ficar e sustentar o olhar que não só vê, mas que também se deixa ver. Todo olhar é uma troca.
Talvez, então, você possa buscar nos olhos de seu homem ou de sua mulher aquilo que lhe falta, aquilo que lhe complementa. Se assim é, olhe o outro com respeito e veja nele aquilo que o moveu quando vocês se buscaram um ao outro. Lembre-se dos motivos pelos quais você o(a) admira e quais as belezas estão presentes em seu coração. Exercite a admiração. Esqueça as críticas, as queixas, as acusações. Elas não são verdadeiramente importantes. Permita-se encher-se da admiração que talvez já tenha sido esquecida ou substituída pela crítica. Deixe-se encher novamente daquilo que um dia – ou sempre – brilhou diante de seus olhos.
Fique aí, exercitando a admiração, o tempo que necessitar, e veja o que isso promove em você. Se a acusação ou a queixa vier, deixe-a de lado. Diga a ela: “Agora não”. Volte a admirar. E sinta os efeitos…
Quando estiver satisfeito(a), respire profundamente e retorne ao aqui e ao agora, seguramente, mantendo na alma a postura exercitada.
Respire profunda e suavemente, expirando no dobro do tempo da inspiração. À medida que você inspira e expira, você relaxa. Suavemente. Protegidamente. E mergulha dentro de si mesmo.
Imagine-se diante de seus pais e olhe-os nos olhos, de baixo para cima, como um filho olha a seus pais. Silenciosamente, veja o amor que flui de cada um deles e dos dois em conjunto para você e permita-se encher desse amor como ele é, sem nenhuma exigência, sem nenhuma crítica. Assim como ele é, ele é perfeito para você e suficiente. Este amor pode ser visualizado como uma cor qualquer. Você pode, então, ver que esta cor vai penetrando todo o seu corpo pelos seus olhos, nariz, boca, e daí seguindo para sua corrente sanguínea até se espalhar completamente pelo seu corpo, até que você fique todo colorido, cheio dela. Sinta o efeito que isto tem em você. Fique aí o tempo que sentir ser necessário até que se sinta preenchido, abastecido o bastante deste amor que é fonte.
Veja, atrás de seus pais, os pais de cada um deles, seus avós, e perceba que você é a ponta de um grande iceberg. Em você muitos estão contidos e você caminha na força de cada um deles.
Olhando para o amor de cada um e de todos, você pode sentir que tipo de continuidade você tem sido. Tem cuidado bem do(a) filho(a) de seus pais? Tem se dado toda a atenção, o carinho e o respeito que um(a) filho(a) de seus pais merece?
Então, olhando para o amor profundo de seus pais, e para si como fruto desse amor, você pode comprometer-se consigo mesmo de fazer o melhor por si a partir deste instante, ofertando-se o necessário a cada passo do caminho. E pode se alegrar com isso.
Assim, abastecido(a) e fortalecido(a), você retorna para o aqui e agora, protegidamente.